O direito que não foi dado ao homem

Não foi dado o direito ao homem de ser mais que o outro. Em seu complexo de superioridade e
em sua ilusão se sente alguém que sómente cabe a Deus ser. Ele não pode criar a vida,  mas apenas alimentá-la. Pode gerá-la a partir de si, mas não a criou. Se comanda, seus dias estão contados. Seu poder é finito e ele senti medo de sua inferioridade perante aquele que realmente a tudo criou. Treme de frio, febre, de covardia em sua pequenez. Sua compreensão é falha em sua loucura por querer traçar destinos usurpando. Pode ferir e achar com isto que venceu. Porém, sua batalha nem mesmo com a morte termina.A escuridão o espreita, o sonda, mora em si homem egoísta.
Se faz necessário despir-se de seu ego, de seu egoísmo, de sua ditadura. Se faz necessário dar valor a vida, ao que vive, ao que respira. Se faz necessário despir-se da própria ilusão em desejar ser dono e escravagista. Se faz necessário olhar com os olhos do criador. Admirar o real, o espírito, a harmonia que existe em tudo. Se faz necessário nascer de novo, e de novo, todos os dias, sendo esperança e luz, ser luz, aceitar que é filho daquele que fez todos os dias até o último deles.
O homem confronta-se com seus caminhos, risca-os, os desenha, e os segue. É ele finito em matéria. Porém, ele pode ser infinito em espírito e alma se aceitar sua verdadeira condição: É igual a qualquer outro, um aprendiz do amor e da paz, um aluno na escola terra.  Não existiu um homem que pudesse aumentar seus dias mesmo em sua arrogancia, em seu poder, em sua loucura.

Rosalina Herai