Contesto o direito de uma vida mandar na outra,
de ser dela um parasita,
de ser dela seu algoz.
Ve-se que o mais pobre é o ser que nada tem e teve para oferecer fruto da bondade de seu coração,
que apenas roubou a luz da vida dos olhos de outros,
que não permitiu que a alma e o espírito caminhassem tendo perante si horizontes abertos.
Contesto o mentiroso, o juiz blasfemo, o inocente zumbi.
Quero a vida dentro de cada obra do criador, linda como ele fez
que seja ele a colhe-la em seu tempo certo.
Contesto até mesmo a morte e brigo com Deus:
Por que morrer, porque a existência dela?
Por que há dor, por que há sofrer?
Um dia não mais ela poderá ferir com unhas tão afiadas.
Um dia cada alma, cada ser valorizará o outro, seu semelhante, e então, a dor diminuirá,ou talvez seja contida, não mais existirá.
Rosalina Herai
Nenhum comentário:
Postar um comentário