Era um vez a ilusão, que enfeitava
Era uma vez a mentira que matava
Era um vez um mundo cheio de pecados
o ódio o desamor de braços dados
brigavam com os melhores sentimentos
Era uma vez as sequelas
homens estavam deformados
uns na carne, outros no espírito
Era uma vez crianças
pobre e inocentes crianças
nasciam sorrindo para a vida
nasciam belas, outras deformadas
Criaram a lei do mais forte...as crianças não entendiam nada
Algumas cresceram bem cuidadas, outras judiadas
Então a crueldade do mundo lhes falou autorítaria
Me mostrem suas marcas!
Algumas mostravam seu coração ainda belos e nele jardins lindos
Outras cabisbaixas abriam o peito...lá corriam lágrimas
E o mundo lhes apontavam...-Imperfeitas!...Lutem corram!... mas antes as impossibilitavam
Pobres crianças...estas eram nuas em seus trapos, peladas expondo feridas...sem nada
Corram!...como se as pernas não se movimentavam
Sorriem!...como se do coração caíam lágrimas
Era uma vez um Deus, tudo o que existe o chamava de Criador
Chamou por suas crianças
Onde estão os jardins belos que coloquei em cada uma, todas são de essências iguais
Ah, a maldade...Víbora! destruístes no coração a primícia da bondade no coração do homem
Venham crianças, deixem que os homens vejam as águas dos próprios olhos...suas fontes contaminadas
E vós crianças que voltem seus jardins...o coração seja enxugado
Corram, brinquem, as algemas foram quebradas!
Rosalina Herai
Nenhum comentário:
Postar um comentário