Era médico e o colocaram na sala de transplantes. Ficara horrorizado. Tremiam suas mãos. Sentia não ter direito sobre as vidas.
Tinha que assinar papéis dos quais não se orgulhava. O lixo já estava cheio deles. Por que tinha que ser assim?
Olhou a criança deitada, diziam que não existiam mais chances para ela , mas para outros sim.
Existiam tantas pressões por orgãos. Até quanto o ser humano perdera a sensibilidade?
Meu Deus até quando seria assim vendo tanto sofrimento?
Chegara ao ponto em que procurou livros, estudou bastante e descobriu que poderia fazer algo, tanto pelo doador como pelo transplantado.
Havia descoberto curas. Curas que salvariam orgãos, curas de várias doenças. O mundo veria um novo horizonte. Naquele dia foi visitar uma menina, sentiu-se tão triste...
Crianças de ruas, crianças pobres, mendigos, moradores de rua, indigentes...vítimas de um mundo covarde.
Ele a curaria e ao mesmo tempo à outras crianças. Sentiu um grande amor paternal, protetor, então, tudo mudara, esta seria sua filha, e todas as crianças pobres ou ricas viveriam e salvaria muitas vidas.
Futuro....O mundo mudara, já não se falava mais desta dor, mas sim de vida, de pessoas saudáveis, que jamais souberam que no passado ela existira.
Rosalina Herai
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