O primeiro som


Nascer dói todos os dias

Crescer dói


O primeiro choro

As primeiras palavras

O aprendizado


Nascer também não dói


Onde há lágrimas também há sorrisos

Onde existem monossílabas existirão frases com melodias



Rosalina Herai






quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Corpo- Poesia escrita em 2008




Corpo

Na terra virgem ainda
O criador moldou
O homem feito de barro
E a vida lhe soprou

Tirou sua costela
Formou uma mulher
Feita para ser sua companheira
Em todos os momentos seus

Pediu para procriarem
E encherem o mundo de filhos
Seriam donos de tudo
Trariam alegria ao mundo

O corpo com o sopro de Deus
Foi maculado pelo homem
Passou a ser usado
Como se o sopro não o habitasse

O home quebrou a promessa
Desrespeitou este santuário
Da presença de Deus
Que ele em si carregava

Traiu sua companheira
Fingiu que Deus não o via
Machucou todos os mandamentos
Que ao mundo dava vida e alegria

Cometeu o adultério
E até a prostituição
Vendeu o seu corpo
Tirou dele toda a benção

Arrastou-se na terra gemendo
Pela dor da solidão
Os seus orgãos foram condenados
Conheceu a podridão

A benção de Deus ainda vive
No corpo e na alma do justo
Que o amor soube respeitar
No mais puro elo, o sopro da vida

O homem justo encontrou
A paz, a alegria em seu lar
Respeitou o corpo que foi feito
Com o sopro de Deus em seu rosto

A mulher que saiu da costela
Também foi por ele abençoada
Se tornou mãe e esposa
Guardando o sopro foi santa e imaculada

Na vida, no lar é assim
O lar é casa dos filhos de Deus
A família ouve os mandamentos
Trazendo bençãos sem fim

Nunca brinque com o templo
Que é mais do que barro virgem
Ele é templo de Deus
Mistérios, o sopro divino

Rosalina Herai 

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