O primeiro som


Nascer dói todos os dias

Crescer dói


O primeiro choro

As primeiras palavras

O aprendizado


Nascer também não dói


Onde há lágrimas também há sorrisos

Onde existem monossílabas existirão frases com melodias



Rosalina Herai






terça-feira, 11 de outubro de 2011

Casamento



O casamento é como um pote precioso, um vaso onde  guardamos tesouros que  amamos e iremos amar, que cuidamos para serem sempre belos e não caiam em mãos estranhas seu conteúdo.
O casamento, para mim que casei ainda na forma antiga, onde a mulher tinha que ser virgem, ter prendas domésticas,  um diploma, e cuidar muito bem dos filhos e do marido, confesso que me fazia sentir quase uma judia.
Lembro-me de meus olhos de moça delicada, vestida de noiva, com véus longos esperando meu amado no altar.

A realidade do dia a dia, do casamento fez com que muitos cursos de noivos surgissem, onde os noivos pudessem e possam casar com os pés no chão, olhando o dia a dia. A independencia financeira da mulher contribui para o equilibrio financeiro e emocional  do casal. Ocorre daí que os filhos também necessitam de carinho e atenção porquebe nem todos tem vovós que ajudam, parentes, ou creches boas e confiáveis. A criança deve ser muito bem cuidada e educada. No meu caso eu tive de escolher e acabei cuidando dos meus filhos e do marido porque não existiam creches, escolas, e nem parentes quando eles estavam pequeninos. Não vou falar que fui feliz totalmente, mas aquilo era felicidade genuína de uma esposa e mãe  dedicada.
 A dependencia financeira desgasta o emocional da mulher e do marido. A falta de convivência social também desgasta, assim como o excesso dela também atrapalha.
Fui Amélia e ainda sou. Fiz cursos profissionalizantes porém, sempre em primeiro lugar vieram as crianças, o filhos, os netos.
Mulher não tem que se preocupar só com o andamento do lar, ela além de tudo precisa se cuidar, ter boa aparência, cuidar dos cabelos, pele, vestir-se bem e saber comportar-se socialmente.
Estranho né? em pleno século XXI....Ainda bem que os valores, a verdadeira pessoa existente dentro de cada um encontrará sua valorização mais pura. Claro que vaidade é importante, o social é importante, mas o mais importante é o eu de cada um.
Para manter um casamento é preciso ter muito amor, compatibilidade de genios e compreensão.
Falam da famosa quimíca, a atração que une os casais, mas isto também pode e tem que ser mensurado porque tem os filhos, etc, horários e etc.
Num mundo onde a homossexualidade chegou, o casamento hétero vai sendo substituído e até mesmo desvalorizado em algumas partes da sociedade, e em outras valorizado. Vemos que os filhos, o adolescente, a criança ou até mesmo o adulto ficam muitas vezes sem entenderem do amor do verdadeiro amor da família. É onde entra Deus, em corintios, falando do amor que faz brotar vida. que enobrece o outro, que destrói sofrimentos.
O casamento mais perfeito que existe é quando ambos se preocupam em fazer a felicidade do outro, com o bem estar do outro...Quando os olhos encontram no olhar do outro um coração repleto de sentimentos bons...e desejo de estarem juntinhos.
A sociedade prega a sensualidade, o desejo que toca o homem e a mulher profundamente ao olhar seu amor. Inventaram mil detalhes, porém o maior deles, que realmente  atrai  é o amor ali existente.
O vazio, a tristeza de não poder satisfazer o outro em várias necessidades pode ser extremamente frustrante, chegar até mesmo a dar desespero. Novamente recorre-se a Deus, ao amor carinhoso, que tudo supre, que sacia a alma, e assim poderão fazer um ao outro feliz,  dar e ter mais compreensão.
Antigamente dizia-se que a mulher era como bibelo: frágil, delicada.  Homens do século atual não querem mais este tipo de mulher, as querem fortes e realistas, que andem com eles, juntos.
O comportamento dos casais tende a cada dia mudar, aprimorar-se, irem  em busca da felicidade de ambos e da família. Já não tem espaço para aquele pai patriarcal que impunha sofrimento a mulher, não há espaço para sua crueldade, mas sim leis que defendem a harmonia na família. Os que ainda querem seguir o regime patriarcal e cruel antigo destróem a própria vida tanto social como sentimental.
O diálogo vem a ser o bálsamo de toda união, de toda sociedade, de tudo o que se faz,  dando alicerce firme e verdadeiro.
A vulgaridade, a ingenuidade, a submissão, todos os excessos colocam sofrimento e correntes nas pessoas. Não ha crescimento, nem dignidade, nem sabedoria no endurecimento do coração, na falta de orientação e falta  amor.
Quem ama educa, dá asas, apoia, alicerça, luta, uni.

Rosalina Herai

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